terça-feira, 21 de agosto de 2012

Entrevistas / Temporada 7





A BBC liberou entrevistas com Steven Moffat, Matt Smith, Karen Gillan e Arthur Darvill.
Steven Moffat
Escritor principal e produtor executivo, Steven Moffat nos conta sobre os monstros e aventuras da nova temporada.
Então, voltou com um baque e com Daleks de todas as décadas. Por que você decidiu começar a nova temporada com um episódio cheio de Daleks?
Nós estamos fora do ar por mais tempo que o normal, então foi uma decisão fácil trazer Doctor Who de volta com o que há de mais icônico na série, e isso significa Daleks. Vários e vários Daleks assustadores.
O Doctor encarou vários monstros ao longo dos anos, mas apenas um pode resumir a série inteira apenas estando lá.
E é a minha primeira vez escrevendo eles. Eu AMO os Daleks, e eu atrasei isso até agora. Mas eu tive o que eu achei que era uma boa ideia e eu não pude mais resistir.
O que nós podemos esperar da nova temporada?
Nós temos, eu acho, a maior variedade de estórias de todos os tempos. Temos o retorno dos Daleks E dos Weeping Angels – ambos sendo um dos mais amados vilões de Doctor Who – em estórias novas, nós temos dinossauros em uma espaçonave (é o que eu sempre quis), nós tempos velho-oeste com um cyborg pistoleiro, a mais estranha invasão terrestre de todos os tempos e a gravações em New York para o finale dos Ponds.
Podemos esperar por monstros novos e aparições especiais?
Tem um cyborg aterrorizante no Velho Oeste, e espera até você ver o que está invadindo a Terra no quarto episódio. Nunca houve uma invasão como esta! Aparições especiais incluem David Bradley, Rupert Graves, Stephen Berkoff, Mike McShane, Ben Browder, Adrian Scarbourgh and Anamaria Marinca.
Além das filmagens em Cardiff, vocês se aventuraram pela Espanha e Nova Iorque para os episódios 1, 3 e 5. Como foi filmar nesses locais?
Eu nunca trabalhei em um show em que três de cinco episódios foram filmados no exterior – é muito surpreendente. Nós tivemos as montanhas com neve no primeiro episódio, Nova Iorque para o finale e ao longo disso, filmamos onde todos os melhor filmes de cowboy nascem – na Espanha. Filmagens nesse nível é ar fresco para o show – espaços abertos e céu aberto. É fácil dizer “cinematográfico”, mas é isso que nós estamos fazendo.
Nós sabemos que Amy e Rory vão sair no episódio 5, como foi decidido que agora era a hora deles irem e justo em um episódio com Weeping Angels?
A história dos Ponds não está nem no começo do fim ainda – eles ainda tem muitas aventuras com seu amigo louco pela frente, e nós veremos mais sobre suas vidas e relações complicadas com Time Lords do que nós jamais vimos antes. Esse, mais que qualquer outro, é o ano dos Ponds.
Mas sim, é verdade, não posso mentir – os Weeping Angels estão esperando por eles…
O que você vai sentir mais falta nos personagens da Karen e do Arthur?
Amy e Rory tem estado com o Doctor desde que eu assumi o show, eles são parte da paisagem pra mim. Foi meio traumático considerar um futuro sem eles. Amy é tudo que eu admiro (e ás vezes temo) em mulheres forte, espertas e imprudentes e Rory é o homem que eu gostaria de ser – tão forte que ele não precisa mostrar.
Karen e Arthur viraram amigos, e eu ainda não consigo acreditar que eu nunca mais os verei no set de novo. Eles são atores brilhantes e pessoas adoráveis e gentis – o melhor dos melhores.

Karen Gillan

“Foi incrível! Nós totalmente os tornamos assustadores de novo. Eu acho que todos vão assistir de detrás de sofá, eu sei que eu vou…” Karen está falando alegremente sobre o retorno dos mais famosos inimigos do Doctor – os Daleks. O episódio de abertura para a sétima temporada, Asylum of the Daleks, vai conter mais Daleks do que jamais visto, e de todas as décadas, inclusive uma aparição especial do Dalek pessoal de Russell T. Davies. “Eu estou tão feliz que ele agora tem um Dalek oficial, foi uma honra atuar com ele e acho que ele vai longe!” ela brinca.
“Eu acho que meu Dalek favorito é o da década de 60, aquele com armadura branca e azul”, ela continua. “Tem algo mais ameaçador neles, porque eles são menores, e são tão originais. Se eu fosse ter um, seria um daqueles.” Karen conclui. “Eu deixaria na minha cozinha.”
“Essa temporada foi feita de um jeito muito interessante, com cinco episódios independentes, como um filme por semana, e todos construindo o caminho para a despedida dos Ponds!”
Nós começamos a temporada com a relação da Amy e do Rory numa situação complicada; não é mais um casamento dos sonhos.
“Essas cenas foram realmente interessantes de fazer”, ela explica, “porque elas criaram uma atmosfera tão diferente entre Amy e Rory, algo que os espectadores não tinham visto antes. Esse é o bom de Doctor Who; você tem a chance de mudar o personagem e você nunca sabe o que vai acontecer de um episódio para o outro.”
“Mas não é só tristeza pros Ponds, as aventuras vão continuar no episódio Dinosaurs on a Spaceship, escrito pelo Chris Chibnall. Foi uma aventura louca, filmar aquilo!” Karen exclama. “Com todas as aventuras que eu tive durante o show, essa deve ter sido uma das mais surreais! Teve muita correria de coisas que nós não víamos, o que sempre é divertido, mas uma parte do elenco realmente conseguiu montar um dinossauro!”
“E teve o Mark Williams, que esteve conosco como o pai do Rory, Brian Williams. Ele foi tão fantástico e naturalmente engraçado e se encaixou perfeitamente no papel; você totalmente consegue imaginar o Rory tendo um pai daqueles. Essa série teve muitas aparições especiais, de personagens e monstros, claro.”
Convidados fazendo sua primeira aparição em Doctor Who são, Steven Berkoff, Jemma Redgrave e Bem Browder. Alex Kingston volta como River Song no episódio 5, bem a tempo de se despedir de Amy.
Apesar da maioria das filmagens ter acontecido na terra natal de Doctor Who, Cardiff, o elenco e equipe se encontraram no lugar perfeito, Almeria, na Espanha, dando ao episódio 3, A Town Called Mercy , de Toby Whithouse, uma sensação de velho-oeste autêntico.
“Foi muito divertido”, diz Karen. “usar um lugar onde outros velho-oestes foram filmados fez tudo parecer mais real.” No episódio, Amy Pond consegue arranjar uma arma, algo que, Karen concorda, ela jamais deveria ter permissão de chegar perto. “Eu me lembro que, pra um episódio anterior, eu tinha que disparar uma arma com blanks, rapidamente seguido pelo Rory gritando, como se eu tivesse acertado ele. Eu esqueci completamente quando gritaram ação, então quando eu atirei e ele gritou, eu achei que realmente tinha atirado nele! Foi horrível! Nesse episódio que ela arranja a arma, você consegue ver o medo na cara dos outros personagens, mas eles não estavam atuando, eu genuinamente acho que todos os atores, incluindo Matt e Arthur temiam pelas vidas deles!”
Apresentando um alien com uma dívida a acertar, A Town Called Mercy também revela um lado diferente do Doctor, como Amy diz “Então isso é o que acontece quando você viaja só”. Nessa temporada, nós vemos uma mudança na relação dos Ponds com o Doctor. “Como em qualquer relação, ela muda quando amadurece.”, explica Karen. “Nós vemos um pouco da vida de Rory e Amy quando o Doctor não está por perto e como as aventuras e estar longe de casa por tanto tempo afetou o relacionamento deles com seus amigos e família. Eu acho que o Doctor começou a percebeu o quanto ele mudou Amy e o que acontece quando ele não está por perto, e ele não entende de primeira. No episódio 5, ele esse momento muito adorável quando o Doctor nota que Amy está usando óculos”, ela dá a dica.
Após o velho oeste, a série nos leva a casa de Amy e Rory, e a uma eclosão mortal, antes do último episódio dos Ponds, gravado em Nova Iorque e com o retorno dos Weeping Angels.
“As brincadeiras sem fim e meus dois melhores amigos.” Karen fala sobre o que ela vai sentir após sair do show. “Matt costumava se esconder no armário do meu trailer e pular de repente em mim, me fazendo voar pra parede oposta em completo choque! Ele deve ter feito isso umas cem vezes e eu sempre caia! Mas honestamente, mesmo com os machucados, foi a maior e mais excitante época da minha vida. Eu não mudaria por nada no mundo!”
“Eu sempre soube que Moffat tinha um fim decidido para Amy quando eu encontrei com ele um ano atrás, foi tipo, ‘então quais sãos os planos pra personagem?’ e nós dois dissemos que ela deveria sair nesse momento. Foi uma decisão fantástica e mútua e era a hora perfeita para Amy sair. Eu vou sentir falta dela, mas não posso esperar para que os fãs vejam o que acontece.”

Matt Smith

Matt Smith se prepara para mais aventuras pelo tempo e espaço como o Doutor. Aqui ele fala sobre suas expectativas para a nova temporada, o que os fãs devem esperar e dizer adeus aos Ponds.
Asylum Of The Daleks será demais, afirma Matt enquanto fala animadamente sobre o primeiro episódio da nova temporada. Steven escreveu e está absolutamente incrível e os Daleks estão assustadores novamente.
Asylum Of The Daleks terá Daleks de várias épocas, será que Matt tem algum favorito?
Claro! O azul e branco dos anos 1960, acho que eles eram da época do Troughton… eles eram divertidos, pequenos mas fantásticos. E o adorável Barnaby (Edwards) que os operava. O dia que filmamos com todos esses Daleks havia uma atmosfera agitada no set. Foram dias brilhantes de trabalho!
Com cinco grandes aventuras para o Doutor e seus companions, está temporada parece que será épica. Teremos cinco dos mais excitantes episódios, com tudo desde Daleks até Dinossauros e claor, a saida dos Ponds, explica Matt. Qual seu episódio favorito?
Eu amo Asylum of the Daleks e o episódio 5 (The Angels Take Manhattan), mas estou imensamente orgulhoso de todos eles.
O segundo episódio é um incrível aventura pré-histórica com o atípico título de Dinosaurs On A Spaceship (Dinossauros em uma Nave), o que Matt achou quando ouviu essas quatro palavras?
Steven, você é um gênio! É Doctor Who resumido. Sempre quis fazer um episódio com dinossauros, ele continua, então fiquei feliz de ter uma chance. E o diretor Saul (Metzstein) fez um trabalho fantástico, com David Bradley interpretando um vilão incrível. Acho que é um episódio divertido e com um roteiro excepcional do Chris Chibnall.
Durante essa temporada o Doctor enfrentará novos desafios. Um deles é cavalgar um Dinossauro. Mais doloroso do que imaginamos, Matt conta como se sentiu: Eu tive que usar calças acolchoadas! Dinossauros são mais duros que cavalos, foram algumas horas de dor, foi engraçado e definitivamente valerá a pena ver como ficou demais.
Com uma temporada ambiciosa, as locações tem um papel chave para criar essa ambição. Viajar para a Espanha para o episódio 1, Almeria – Espanha para o episódio 3, A Town Called Mercy, e Nova York, para a despedida dos Ponds no episódio 5, Matt acredita que isso ajuda a transportar os telespectadores e os personagens: Há tanto que o CGI (imagens geradas no computador) pode fazer. Estávamos no meio de uma vila no velho-oeste, o que foi brilhante para Doctor Who, adicionando a imaginação nisso tudo. E sou fã de Nova York, e usamos algumas locações icônicas, como o Central Park. Não há nada como correr pela Time Square tentando filmar uma cena.
Matt sentirá pela primeira vez como é estar em um dos momentos mais famosos do seriado, a mudança de companions.
Foi terrivelmente triste e sinto falta deles, são grandes amigos. Nós sabíamos que isso aconteceriam mas não acreditávamos, é como estar em um feriado e de repente você percebe que é Sexta-Feira e que irá para casa na Segunda-Feira. Mas é o que o seriado retrata, evolução e regeneração, e agora temos Jenna que é adorável e ótima.
Ele concorda com a escolha de Moffat de despedir-se deles em um episódio com os Weeping Angels: Absolutamente, acho que falo por todos nós quando digo que os Weeping Angels são um dos nossos montros favoritos. O fato deles não falarem os tornam mais cruéis. E com o último episódio em Nova York e ter a River de volta, tudo fez sentido. Acho que Karen e Arthur se despedirão com emoção e lágrimas!
Danças rídiculas, caretas bizarras e outras coisas estúpidas, é o resumo de Matt sobre ter Karen e Arthur nos estúdios: Era ridículo, às vezes nem conversávamos, só irritávamos uns aos outros. Nos divertíamos e isso mostrava a energia e o espírito do programa. A relação de nossos personagens tanto nas telas como fora delas era incrível!
Matt explica como gostava de fazer Karen Gillan gritar: eu me escondia no trailer dela e pulava em cima dela e ela realmente se assustava. Ou dançava muito perto do rosto dela, o que também a fazia gritar! Era uma relação de irmãos, Arthur e eu a incomodávamos como irmãos mais velhos!

Arthur Darvill

“É maravilhoso, a melhor coisa a respeito de Doctor Who é que sempre tenta se superar, e isso realmente aconteceu nessa temporada.” Arthur fala, carinhosamente sobre a temporada que está por vir. “É como um filme!”
“O que é fantástico, é que os Daleks são realmente assustadores nesse episódio,” continua Arthur, sobre o que ele acha de Asylum of the Daleks. “Foi uma experiência estranha estar no set naquele dia, não só por causa de todos os Daleks, mas porque tinha muito mais pessoas no set do que o normal, todos excitados para ver o que estava prestes a acontecer. Um nome tão incrível, mas, pra ser honesto, eu não tinha certeza de como eles iam fazer, botar dinossauros numa espacionave! Mas esse episódio é muito mais especial por causa de Mark Williams, que faz o pai do Rory. Ele foi tão engraçado e adorável, um cara realmente divertido.” Relembra Arthur. “Foi um dos maiores sets já construidos, para dar lugar às criaturas pré-historicas.” Ele exclama. “Os dinossauros eram gigantes, entrar naquele set foi como entrar num porta-aviões gigantesco.”
Então, com o relacionamento da Amy e do Rory numa situaçao um pouco complicada no primeiro episódio, o que você achou de interpretar isso?
“Todo relacionamente tem momentos difíceis,” Arthur explica. “Mas foi divertido interpretar uma complicação na relaçao deles e mostra um lado diferente de ambos os personagens, faz eles parecerem mais reais. Acho que isso é uma parte importante do show.”
“Sempre tenho pavor de quando a Karen tem uma prop! Claro que tinham pessoas lá pra tomar de conta e garantir que não estava carregada.” No episódio 3, A Town Called Mercy, nós vemos o Doctor e seus companheiros num cenário de velho-oeste, onde Amy Pond põe as mãos numa arma. “Mas a Karen é melhor com esse tipo de coisa do que ela mostra, apesar de parece que ela é feita de espagetti!”
“Eu sou um grande fã de velho-oeste, eu e meus pais costumávamos passar os domigos à tarde assistindo eles, então foi como realizar um sonho de infância, filmar em Almeria onde vários desses filmes foram filmados.”
Junto com Karen Gillan, Arthur terá sua saída no episódio 5, mas antes de nós chegarmos no fim desolador dos Ponds, veremos um pouco da vida cotidiana dos casal no episódio 4, um lado deles que não havia sido explorado ainda.
Então, o que você acha da sua saída da série?
“Brilhante!”, ele exclama. “Eu fiquei realmente feliz por sair num episódio com Weeping Angels. Eles são vilões relativamente novos, mas Steven conseguiu imediatamente torná-los um clássico. Eu acho que eles são um dos mais assustadores vilões de Doctor Who e o episódio 5 é muito arrepiante.”
Tem algum outro monstro que você favoreça?
“Os Silence foram ótimos, eles tem uma aparência muito assustadora. E, assim como os Weeping Angels, eles tem um efeito psicológico. Steven é bom escrevendo esse tipo de coisa, faz a série bem aterrorizante!
Nós sabemos que Matt é fã de fazer travessuras no set, mas você também atormentou a Karen?
Durante as gravações, se tinha uma calmaria muito grande, um ótimo jeito de se entreter era dizer a Karen que tinha uma mariposa sobrevoando a cabeça dela. Ela enlouquecia, literalmente, começava a correr e gritar, era hilário! Ela odeia qualquer coisa com asas!”
“As pessoas. É uma família enorme”, Arthur fala sobre do que ele vai sentir mais falta no show.
“Mas eu, o Matt e a Karen sempre conversamos e nos encontramos quando podemos. O bom de Doctor Who é que você trabalha com o melhor dos melhores. Foi uma aventura fantástica e eu espero que todos gostem do restante da jornada.”
Fonte

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