terça-feira, 9 de outubro de 2012

Review: Angels Take Manhattan


Cara, passei o final de semana pensando nesse episódio. E me arrependo de não ter feito a review logo no sábado, mas tive contratempos em casa e enfim. Estaria mais no clima de despedida, mas pensando pelo lado bom, acho que deu tempo de respirar e fazer uma review menos emotiva.
Ah, vai ser impossível fazer essa review maneirando no spoiler, até porque… Enfim, pegue o lençol, chocolate, chá e prepare os dois corações.
O fato é que eu estava com baixa espectativa para esse episódio. Depois deles terem falado tanto da sexta temporada e ela ter sido aquilo… enfim, eu finjo que aquela temporada não existiu e The Doctor’s Wife é da quinta temporada – afinal, era um episódio que iria mesmo na quinta –. Voltando, eu tinha espectativas baixas e a única curiosidade mesmo era saber como os Ponds iriam deixar o Doutor.
O episódio passado, mas do que nunca soa para mim, como uma pré-história do que aconteceria com os Ponds. Se você analisar tudo, era mais falando sobre como não ter o Doutor em suas vidas, e mais do que nunca eu tenho CERTEZA que o Doutor ficou voltando na linha do tempo deles.
A impressão que eu tenho desse episódio é que o Moffat encontrou a luz, voltou a ser aquele contador de histórias excelente que faz com que você chore e tenha medo de acordo com a vontade dele. Todo o roteiro é aceitável, os paradoxos são possíveis… The Wedding of River Song chega ser patético quando se trata de paradoxos comparado à esse episódio, pois não pareceu forçado. Além disso, a escolha do tempo para fazer esse episódio foi muito dygno. A direção de arte estava espetacular, e mesmo com um episódio sem tantos efeitos especiais, só o figurino e os detalhes já ganhavam pontos.
Aqui temos várias coisas parecida com Blink, mas se tratando dos Anjos Lamentadores, era de se esperar algo do tipo, afinal essa é a essência deles, mandar você pro passado, e viver sabendo que seus amigos, parentes, sua vida está a anos no futuro e você não pode fazer absolutamente nada a respeito disso. Além disso, tem o livro da Melody Malone, que é parecido com o “roteiro” das falas do Doutor. Aliás, esse livro foi uma coisa tão bem conduzida nesse episódio que dá vontade de chorar. Como o Doutor ficou sabendo do futuro através do livro, ele não poderia mais interferir nessa linha do tempo, pois criaria um paradoxo, e nisso começa o desespero dele para que o último capítulo do livro não aconteça. O modo que o Doutor trata com os acontecimentos do Rory mostra que ele estava pouco se lixando pra ele e só o tinha para ter a Amy por perto, pois ele sabia, desde do The Amy’s Choise, que por mais que ele seja espetacular, a escolha dela SEMPRE seria o Rory, o que para o Doutor é mexer um pouco com seu ego, pois ele era acostumado em ter acompanhantes que sempre escolheriam ele.
Se antes era questionado o amor entre eles, esse episódio mostra como um amava intensamente o outro. Rory se jogar do telhado e ter uma morte terrível só para não ter que viver os restos dos seus dias sozinho, em um hotel basicamente amaldiçoado sem a pessoa que ele mais ama é de deixar nossos corações amolecidos. Nesse momento eu já estava dura na cadeira, já chorando e falando “não, não, não” quando a Amy simplesmente sobre com ele e fala que iriam fazer aquilo juntos. Cara, se aquele lance #fail do divorcio não me convenceu do quanto ela amava ele, isso foi mais do que o suficiente.
O doutor é passageiro na vida as companions, mas as companions ficam para sempre na vida do doutor. Mais do que nunca a fala do Décimo nunca doeu tanto, quanto agora.
“Some of them forget me, some left me, some got left behind and some… not many but some, died. I suppose in the end they break my heart.”
Fechando pontas soltas que não fazíamos ideia que existiam, o Doutor volta ao passado da Amélia, e contando suas aventuras juntos. Isso explica o fato da Amy ter tido um amigo imaginário e sempre acreditando – as vezes até irritando – cegamente e ter depositado toda sua fé nele. Ela não faria isso só para aquele cara doido que sumiu e voltou somente 12 anos depois. Ok, aqui foi criado um Wibbly Wobbly, mas… WHO CARES?

Ah, um comentário que a River e a Amy fizeram, a Donna já tinha feito antes: “Nunca viaje sozinho” – ou algo parecido, mas eu lembro da Donna ter falado para ele ter alguem por perto. Nós sabemos do que o Doutor é capaz de fazer quando ele fica muito tempo sozinho, e isso nos deixa a seguinte coisa: uma acompanhante é mais do que um tripulante na TARDIS, é alguém que sirva de “voz de conciencia” dele, além de ser alguém para ajuda-lo quando preciso -como ser voz da conciencia já anos bastace.
Foi um lindo final para os Williams. E pela primeira vez, o Doutor sabe como foi “o fim” de seus acompanhantes, que Rory e Amy tiveram uma longa e feliz vida.
Ainda vale comentar como os anjos desse hotel eram extremamente cruéis. Mais do que simplesmente ser mandado para o passado, antes disso eles mandam você para um hotel, e quando você chega tem um quarto com o seu nome e você dá de cara com o seu eu do futuro, nos últimos instantes da sua vida antes de ser mandando pro passado. Ou seja, você sabe que irá ficar para sempre naquele lugar e não pode fazer absolutamente nada. Você sabe que vai morrer sozinho e solitário e deve ser mais doloroso em seus últimos momentos, ver você novo, próximo ao seu futuro infeliz e não poder fazer absolutamente nada. MOOOOOOOOOFFAT!
Por mais que esse episódio seja dolorido por causa dos Ponds, ele é tão lindo que merece ser visto outras vezes para analisar o episódio. Exemplo é quando o detetive vai para o hotel, tem dois anjos na entrada, e quando ele se vira para olhar para as pessoas, um dos anjos não está mais lá! Sem contar que a Estátua da Liberdade se move. A ESTÁTUA SE MOVE! Agora todo whoviam que for para New York vai olhar pra ela e vai pirar foda. Ah, eu tenho que comentar da abertura também! O vortex temporal tinha interferência magnética da distorção do tempo e só agora que eu reparei que o logo tinha a coroa da estátua como “textura”. Doctor Who está voltando a ser lindo!
Outra coisa que merece ser citada e não sei se já comentei isso aqui; Matt Smith está se saindo um ótimo Doutor! Ele soube “amadurecer” o personagem – que era exigido, pois agora ele está 200 anos mais velho -, ele consegue ser divertido e adorável, sombrio e sério. Desde suas caras de empolgação, quando vai encontrar a River (me explica ele arrumado o cabelo estilo adolescente dos anos 60? <3) e seu desespero e dor quando ele lê o futuro da Amy, e mais ainda de cortar o coração, quando eles se jogam do telhado e ainda mais sooooo sad quando a Amy dá adeus à ele, a dor e o desespero dele foi tão convincente que só de lembrar da cena dá um nó na garganta.
Sem dúvidas esse foi o melhor episódio dessa temporada por hora. Me xinguem, mas eu fico tão satisfeita quando algo supre as espectativas e fecha algumas pontas. Espero que o Moffat saiba conduzir a serie como está indo até agora. E por mais que o pessoal reclame que não tem um “arco” – quinta temporada tivemos a rachadura e menções ao Silêncio que foi mais trabalhado na sexta -, vamos lembrar de uma coisa gente bonita: as temporadas antes do Moffat, não tinham um “tema” por assim dizer. A verdade era que era aplicado de maneira tão sutil que você não percebia. Acho que muitos aqui não notaram que a Donna por si só é a trama da quarta temporada, Turn Left era mencionado desde o primeiro episódio.
Algo importante de ser falado: River já é professora, ou seja, estamos cada vez mais próximos da Biblioteca, sem mencionar que o Doutor já está bem mais velho – quem lembra do episódio vai entender do que estou falando. Juro, se tiver o episódio da Medusa Cascade, do Doutor sabendo da expedição dela e dando a chave sônica pra ela, eu vou por em mente que a merda da sexta temporada, por um trabalho do Silêncio, acabei esquecendo e volto a gostar um pouco do Moffat.
Foi um lindo episódio e um triste final feliz. Melancólico, um misto de sentimentos. Isso é Doctor Who.
Obs.: A música que toca depois da abertura não poderia ter sido melhor.
Obs2.: Alguém já tem alguma “teoria” sobre a Owisn? Eu realmente não quero que a linha do tempo dela seja de trás para frente como é a da River. Espero outro tipo de resolução, mas vamos viver na espectativa até 25 de dezembro.

Dados : Whovians.com

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